<i>Autoeuropa</i> aproveita a crise
O que mais preocupa a administração da Autoeuropa não é a quebra de produção, acusa a célula do PCP na fábrica automóvel de Palmela. Numa posição divulgada sexta-feira, aquela estrutura do Partido considera que a pressão da empresa, para impor aos trabalhadores o aumento da semana de trabalho para seis dias, passando a incluir o sábado, é «totalmente contraditória com a situação de baixa produção, face à capacidade produtiva instalada», e «representa, uma vez mais, uma vergonhosa chantagem», com o objectivo de liquidar direitos.
No mesmo dia, a Comissão Sindical dos Metalúrgicos do Sul na empresa fez uma acusação semelhante. Num comunicado citado pela agência Lusa, afirma-se que a Autoeuropa está a aproveitar o pretexto da crise, para retirar dividendos e mais lucros no futuro, e contesta-se a declarada necessidade de trabalhar ao sábado, enquanto a administração continua a dizer que as produções vão descer, numa altura em que só são utilizados 43 por cento da capacidade produtiva.
A comissão recorda que os dias de paragem de produção não foram uma oferta do patrão, mas foram trocados por 7,2 por cento dos aumentos salariais (valor que iria ter reflexo nos salários actuais e futuros, nos prémios, nos subsídios de turno, de baixa ou de desemprego e até na reforma) e defende o aumento da produção, com novos modelos e novas peças, para assegurar o futuro da fábrica.
Resposta firme
Os últimos plenários «foram um ponto alto em que os trabalhadores demonstraram que têm braços para trabalhar e cabeça para pensar», afirma a célula do PCP, sublinhando que, «perante a firmeza demonstrada, a administração viu-se obrigada a recuar». Os comunistas criticam a «ardilosa campanha» da administração, dos escribas do costume e até de Belmiro de Azevedo, a que se juntou o Governo, pela voz do ministro da Economia, «numa clara opção de classe».
Defendendo que «os lucros obtidos no passado devem servir para ultrapassar a crise do presente», a célula recorda que a Volkswagen distribuiu mais de 700 milhões de euros de dividendos, relativos a 2008, valor superior ao ano de 2007.
No mesmo dia, a Comissão Sindical dos Metalúrgicos do Sul na empresa fez uma acusação semelhante. Num comunicado citado pela agência Lusa, afirma-se que a Autoeuropa está a aproveitar o pretexto da crise, para retirar dividendos e mais lucros no futuro, e contesta-se a declarada necessidade de trabalhar ao sábado, enquanto a administração continua a dizer que as produções vão descer, numa altura em que só são utilizados 43 por cento da capacidade produtiva.
A comissão recorda que os dias de paragem de produção não foram uma oferta do patrão, mas foram trocados por 7,2 por cento dos aumentos salariais (valor que iria ter reflexo nos salários actuais e futuros, nos prémios, nos subsídios de turno, de baixa ou de desemprego e até na reforma) e defende o aumento da produção, com novos modelos e novas peças, para assegurar o futuro da fábrica.
Resposta firme
Os últimos plenários «foram um ponto alto em que os trabalhadores demonstraram que têm braços para trabalhar e cabeça para pensar», afirma a célula do PCP, sublinhando que, «perante a firmeza demonstrada, a administração viu-se obrigada a recuar». Os comunistas criticam a «ardilosa campanha» da administração, dos escribas do costume e até de Belmiro de Azevedo, a que se juntou o Governo, pela voz do ministro da Economia, «numa clara opção de classe».
Defendendo que «os lucros obtidos no passado devem servir para ultrapassar a crise do presente», a célula recorda que a Volkswagen distribuiu mais de 700 milhões de euros de dividendos, relativos a 2008, valor superior ao ano de 2007.